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One happy family

Nutricionista sonhadora que vive num castelo com um Rei abastado de amor e três adora... ainda que safadas... veis princesas. É uma casa cheia de drama, risos, danças, brincadeiras e muito... AMOR.

20
Jul17

Bonecos anónimos...

Rute Milene

Quando somos pais de primeira viagem toda a bonecada é baptizada com pompa e circunstancia, muitos são baptizados quando o nosso bebé ainda está refastelado no quentinho do nosso ventre... todos os bonecos vem com uma historia e um propósito "colocar sorrisos" no rosto do nosso bebé... Como somos pais "virgens" e desposados de simplicidade, somos sim carregados de uma complexidade árdua de insegurança, decidimos dotar os bonecos de uma identidade e nomes fofinhos...

No nosso caso, a Matilde (primogénita) tinha, quer dizer, tem um sem número de bonecada com nomes "fofis" e específicos, ora vejamos, temos o kikoniko, a pimba, o pipas, a bunie, o hipo e o peter... Todos eles passaram momentos inesquecíveis e verdadeiramente mágicos com a Matilde... receberam abraços, mordidelas, beijos e amassos para lá de espectaculares, todos eles tem uma identidade, uma historia, um carisma, uma personalidade...

 

Quando arriscamos no segundo filho já vamos desposados dos bens materiais, até porque a Guiomar iria herdar todo o arsenal de bonecada da irmã... uipiiiii, menos gastamos em bonecos... tão bom... mas na realidade, a nossa piquena, tadinha, hoje em dia possui apenas dois bonecos devidamente batizados, também com pompa e circunstancia, ora vejamos o choconiko (irmão do kikoniko) e o desengonçado do pipas II (somos pouco originais, nós sabemos...)... A bem da verdade muitos dos bonecos que a Guiomar recebeu aquando a sua chegada ao seio da nossa família são os bonecos desprovidos de uma identidade, isentos de uma personalidade e anónimos de historias... actualmente, muitos deles foram renegados para o fundo de um baú...


 Admitimos com a nossa insensatez e aceitando uma certa faceta de pais desnaturados, que começamos a apelidar os bonecos de "bonecos"... ora vejamos "ai que lindo boneco filha" "sim, sim,  a mamã vai buscar o boneco" "então e o boneco fica aqui?"...triste o destino desta bonecada, sem identidade, anónimos por natureza, órfãos de carisma, isento de historias... enfim...

De realçar, que com a nossa mini piolha, o caso não melhorou... quer dizer, piorou um bocadinho... caros amigos, isto da paternidade tem que se lhe diga... é sempre a descer...

 

Pois bem, com a Salomé chegou o redniko (isso mesmo, irmãozinho do kikoniko e do choconicko) e o afortunado Pipas III (um dia escrevo só sobre os pipas desta casa) e mais uma vez foram oferecidos muitos mais bonecos... no entanto mantivemos a nossa incapacidade e falta de "pachorra" para os baptizar e registar com uma identidade... convenhamos, para nós eles são só bonecos mas para elas são "Os bonecos"...

somos pais desnaturados e visivelmente transtornados com esta imensidão de bonecos órfãos e anónimos que habitam na nossa sala, nos quartos, na cozinha...  mas ao cair da noite são docemente guardados num hiper mega baú no quarto delas...

Por vezes, lá assistimos a uma pipa ou um hipo a ser entregue em mãos à doce Salomé e com essa entrega vem uma história carregada de emoções... e assim, apercebemo-nos que falhamos com a bonecada... pois o baptismo dos primeiros bonecos cá de casa são recordados com carinho, alguns deles passaram de mana para mana com a mesma intensidade de carinho... mas e toda a bonecada anónima??? meus amigos... no nosso intimo sabemos que num dia qualquer de um eclipse, estes bonecos renegados do fundo do baú unir-se-ão contra nós e aí...

 

aiaiaai... aí a batalha será sangrenta... :-)

 

17
Jul17

Conto num livro

Rute Milene

há alguns meses o colégio onde as minhas filhas andam lançaram um desafio... e nós por cá, bem adoramos um bom desafio... pois bem, era um desafio familiar e "nós" que até temos doses de paciência e amor para dar e vender, aceitamo-lo com muita alegria... sabemos, porém, que haveria grandes hipoteses de o desafio acabar com um choro estridente ou uma birra descomunal ou... se todos os astros estivessem do nosso lado e o "lado negro da força" estivesse de férias ou distraído, o desafio tornar-se-ia num brilharete familiar...

 

caros amigos, continuem nesta leitura para saberem o resultado da coisa... estais preparados???... gostamos de criar algum suspense...

 

Bom, o desafio era a criação de uma história, construida em família e em que se fossem incluídos os valores familiares... Nós por cá, estamos sempre prontos para momentos desafiantes... não fosse a educação e criação de três crias com personalidades tão distintas um desafio diário...

 

Pois bem, meus amigos, lá aceitamos e dedicamo-nos de corpo e alma... munidos de lápis e folha em branco, alapomo-nos no sofá e começamos o momento criativo... as piolhas foram relatando os doces personagens, os momentos mágicos, a felicidade do final e assim se construiu um conto em verso... em família e em sintonia... ou seja, o "astros ajudaram" e o "lado negro da força" estava a dormir... com a energia que as carateriza lá foram buscar os seus lápis e numa folha ilustraram os personagens da história que ela tinham contado... assim, do nada surge o mais belo e cativante conto que retrata a verdadeira magia da minha vida... três filhas...

 

No dia seguinte levaram satisfeitas e orgulhosas o conto que imaginaram e que conhecem tão bem... no fundo, naquela história está um bocadinho de cada uma e de mais um xiquinho de todos nós... na verdade, aquele momento de escrita criativa que tive com as minhas filhas, sentadas nos sofá com as suas pernas entrelaçadas nas minhas, com os beijinhos de felicidade e o abraço de amor no final... bom, a recordação daquele momento faz-me muito feliz... é a nossa história, é a história delas e ficou imortalizada num momento de puro amor...

 

uns meses mais tarde recebemos a noticia que a historia foi escolhida para ser incluída num livro (historias AJUDARIS com teor solidário e social)... felicidade suprema e ver que aquele conta idealizado naquele momento ficará gravado num livro que elas possuem com todo o carinho...

 

Um dia... um dia escreveremos um livro... :-)

14
Jul17

Hora de reunião sff...

Rute Milene

cá por casa, de há uns seis meses para cá, temos feito uma reunião mensal na qual redigimos uma acta que é religiosamente guardada e discutida nas reuniões seguintes.

 

Nesta singela reunião, damos por aberta a discussão a todo e qualquer tema que nos interesse, falamos do que é necessário mudar com familia, quais os objectivos a concretizar, quais os defeitos e vícios que temos que minimizar, enaltecemos os momentos bons e perdoamos os menos bons. Todas as resoluções, discussões e opiniões ficam devidamente registadas no nosso caderno de actas de reunião de família... todos tem direito a falar, inclusive a Salomé que lança o seu típico dialogo "mamã... papá... manas.... caom... nana... bebe... nana... papa... e um sem fim de dialecto muito próprio".

 

O que torna todo este processo poderoso, enriquecedor e absolutamente refrescante é que são desabafados todos os problemas desde "a mamã ralha muitas vezes", " o papá grita para mim" "a Guiomar bate-me muitas vezes" " a Matilde berra comigo" "vocês andam sempre a pegar a mana no colo" e outras situações que necessitam e devem ser mudadas. No final da reunião, todos assinam e aguardamos ansiosamente pelas mudanças que são sugeridas.

 

Já faz alguns meses que fazemos este encontro de troca de desabafos e tem se revelado verdadeiramente positivo. Aconselhamos a todas as familias este mini momento, momento este em que concedemos às nossas crias a obrigatoriedade de serem responsáveis e a alegria de serem respeitadas pela opinião que têm sobre o que se passa e o que deve ser mudado na nossa casa e na nossa família.

 

Ahhhhh, quase que me esquecia... é verdade, este domingo é dia de reunião... veremos que evolução tivemos.... nos aguardem. 

A verdade...

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