One happy family

Sejam bem-vindos às "dicas... mas das boas".

Começo esta semana, seguindo o conselho de pessoas muito queridas... "dar dicas" alimentares, nutricionais e fantásticas para todos os que quiserem saber um bocadinho mais... esta semana e pensando no que fazer no fim-de-semana, achei apropriado falar sobre dicas alimentares no momento em que preparamos um pic nic delicioso para toda a família... talvez o mais difícil é escolher o local, a hora e o que fazer para entreter a pequenada... quanto à alimentação deixem-me aventurar neste mundo de "dicas e conselhos" que penso ter capacidade para o fazer...

O que devemos ter sempre em consideração??? Que tipo de picnic queremos... pode ser da parte da manhã com almoço, da parte da tarde com lanchinho... Que tipo de alimentos gostam as crianças e os adultos??? gostam de fruta, saladas, sandes, bolos... Queremos comer com utensílios, nomeadamente pratos, talheres, copos?? ou preferimos ser mais práticos e nada de utensílios??? Temos forma de refrigerar os alimentos??? ou preferimos levar num cesto ou sacos sem necessidade de refrigerar nada???

Após a análise criterioso de todos os objectivos iniciamos o processo de estruturar o picnic... portanto seguem dicas para todas as hipóteses...

Picnic (manhã) com utensílios e método de refrigerar os alimentos (óptima escolha):

Sugestões de refeições:

Picnic (manhã) sem utensílios e com método de refrigerar alimentos (escolha equilibrada)

Picnic (tarde) sem utensílios e sem método de refrigerar alimentos (escolha mais prática)

Sugestões de refeições:

ATENÇÃO
 

Nunca leve alimentos que sofrem alterações com o calor como molhos (maioneses, natas e afins), ovos, peixes e carnes cruas, limonadas, laranjadas e frutas que oxidam com o calor quando descascadas. Tenha sempre o cuidado de não poluir, leve um saco para colocar o lixo que produzir... eduque os seus filhos nesse sentido, recicle tudo o que conseguir... seja responsável...

Divirta-se muito... desfrute do momento de partilha e da família... goze cada riso, gargalhada e pinote que os seus filhotes derem... registe tudo com fotografias, filmagens, principalmente na sua memória... não se canse... relaxe...

PS: leve brinquedos, invente jogos para entreter os seus pequenotes e divirta-se com eles intensamente...

Vá lá... sejam muito felizes...

De verdade, hoje enchi o peito de coragem e avancei, sem medo, à aventura de comprar umas roupinhas giras para as minhas piolhas... poderia ter visitado e remexido em todos os modelitos de casas da moda e supimpas... mas não, hoje fui arrojada e prática (como sou sempre) e aventurei-me na feira da minha zona... e que bem que se estava, fazer compras na rua, ouvir os pregões dos feirantes "é um euro, um euuuuuuuro" "ó freguesa escolha", remexer nas roupas sem medo de dessarrumar (porque a menina da Zara está a olhar para mim com olhar assustador), não ter medo de discutir preços "então levo mais de dez peças... não me pode fazer um descontinho??? ande lá..."

 

Quando era mais nova ia muitas vezes com a minha mãe à feira e comprava as minhas roupas, sapatos e sapatilhas sem qualquer pudor... na minha adolescência ia com as amigas para vermos as malas e "coisas giras e tal"... quando namorava ia à quinta feira com o meu príncipe comer bolos a vinte e cinco cêntimos, comer gelados e passear por passear... agora mais velha e "sabidola" vou com a minha mãe (que é um must na procura da pechincha) e mexo e remexo até encontrar coisas que gosto, aproveito para pôr a conversa em dia e ainda passo na zona da frutaria (onde carrego sacos de fruta e legumes)... sim, sim, hoje vi muita coisa gira e comprei muita coisa fofa, colorida para as minhas princesas... são da feira, e depois... muitas vezes são melhores das que se compra nas lojas de centro comerciais... e na verdade não gastei uma fortuna... "é dois euros... dois euuuuuuros"...uma pechincha... "roupa gira se faz favor, é na feira meu amor"...

No próximo mês volto lá...

há uns tempos fui convidada pela educadora da minha princesa para ir ao colégio contar uma história... o orgulho, a vaidade, a ansiedade, o nervoso miudinho, o medo de desapontar o ideal que a minha filha teria... pedi à minha princesa para escolher o conto, coisa que fez com todo o orgulho, e durante alguns dias o estendeu para a minha mão, não fosse eu esquecer... perguntei à princesa o que gostaria ela que eu levasse para os seus amiguinhos... pediu um bolo de cenoura (no que toca a bolos ela é bastante especifica... bolo de cenoura), mas a minha vontade de confeccionar um bolo a um domingo à noite estava pelas ruas da amargura, então muni-me de biscoitos (língua de gato) que agradam a quase toda a gente... 

No dia do conto da parte da manhã ensaiei o conto algumas vezes no sofá da minha casa, imaginando que estaria rodeada de crianças curiosas e energéticas... imaginei o diálogo que poderia travar com alguns elementos... dialoguei com o ar para aprovar a minha perícia na arte de contar um conto... visualizei os seus rostos sedentos de pormenores encantadores... respirei fundo, peguei no livro, arrisquei a levar um fantoche em formato do gato Tobias, coloquei os biscoitos num saco, peguei na minha mala, pus os meus óculos de sol (sim, uma madresita tem que ter estilo ao visitar o local de vivência infantil das minhas princesas), dei um sorriso no espelho e parti rumo ao encantado desconhecido...

chegada ao colégio fui recebida com sorrisos marotos e olhares curiosos... e vi a minha princesa major ser tão delicada e doce que derreteu o meu coração... quando cruzamos o olhar, ela abriu num sorriso tímido mas carregado de amor, acenou e mandou um beijinho doce que tocou na minha alma e desmanchou a minha coragem... aquele gesto simples de doçura da minha princesa deixou-me completamente à nora... eu tinha uma vontade gigantesca de a abraçar, de a cobrir de beijos, de lhe dizer "amo-te tanto princesa" mas contive-me e abracei o desafio com o coração cheio de amor...

sentei-me frente à minha plateia cheia de rostos doces e reguilas e iniciei o meu diálogo ensaiado naquele sofá, coloquei o fantoche na minha mão e aquele gatinho foi o meu companheiro nesta aventura... aquele gatinho fez as delicias daquelas crianças (acho que gostaram mais do gatinho que movia a cabeça ao som do conto e ia soltando uns miaus baixinho)... a meio da história, e com as crianças curiosas com o desenrolar das personagens, lancei um olhar à minha princesa e ela acenou e mandou mais um daqueles beijinhos que derretem, naquele momento a minha voz embargou, a minha postura derreteu mais um bocado e as lágrimas vieram-me aos olhos... tanto orgulho numa doce criança que me preenche a vida... acabei a história e o gato Tobias acenou com a patinha para se despedir...e naqueles dezasseis minutos fiquei completamente rendida à doçura da minha piolha e transpirei orgulho por todos os meus poros... ser mãe é assim... não há explicação possível...