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One happy family

Nutricionista sonhadora que vive num castelo com um Rei abastado de amor e três adora... ainda que safadas... veis princesas. É uma casa cheia de drama, risos, danças, brincadeiras e muito... AMOR.

28
Out15

Ode ao meu irmão "balhote"...

Rute Milene
Fui durante alguns anos a menina entre meninos... filhado meio com dois irmãos com personalidade… espera lá, pensam vocês, este texto até pode serinteressante… sim, sim, ser a menina entre meninos ajuda-nos a ter uma visão umpouco "arrapazada" da realidade, torna-nos mais práticas e ajuda-nos a encarar aproblemática do “homem” de uma forma descomplexada… 

 

afinal, convivi, bem de perto, e por diversos anos como espécime masculino… ora, de verdade, aprendi com eles o sentido de lealdade para comos amigos, o desleixo mental em relação à indumentária oucorte de cabelo dos amigos, a franqueza de se “largarem” sem peso na consciênciaou juízo de valor, a enérgica transferência de interesses masculinos semenvolver a critica ao outro, a simplicidade de aceitar o amigo como e pelo queele é… simples assim… a mentalidade do homem é simples, nós (mulheres) é que (como diz o meu pai) "ligamos o complicómetro"...
 
vivi a minha adolescência com muitos dos amigos(amigalhaços de coração) do meu irmão mais velho, amizades que ainda hojeperduram com a mesma intensidade do outrora… a experiência desta convivência queo meu irmão mais velho me proporcionou, permitiu-me ter conhecimento darealidade que é ser rapaz, ajudou-me a ter consciência de como os rapazes se inter-relacionam no meioque lhes é confortável… 
 
no meio deles, eu era só “mais um”, eu não era rapariga, eu era a irmã do Óscar... penso que emmomento algum, me senti posta de parte… tive momentos em que me assustava tal era a franqueza de relacionamento que tinham... o que mais me marcou foi a convivência de perto com a "flatulência" masculina... (sim, sim... os rapazes largam-se e não fazem nenhum alarido)... acho que criou em mim uma certa "vacinação" face ao fenómeno, afinal era "super" natural entre eles, e eu, bem tinha que arregalar os olhos e pensar (uauuuu, tão básico, não há olhares de nojo)... sim, porque a flatulência entre meninas não poderia acontecer, e se acontecesse haveria risadinhas e piadinhas de "horror" face ao fenómeno "menina não dá pummmm"... pois bem, no reino dos rapazes, os pums eram, talvez (para mim, será sempre a incógnita), o sinal de "homovirilidade", enfim...
 
com eles ria até chorar, eles eram genuinamente engraçados... ouviaatentamente as conversas sobre corridas de bicicleta ou noitadas, saía à noitesem expectativas de engates, saía só por sair... eles partilhavam histórias e piadas que me faziam rir tanto, que ainda hoje recordo com saudade, de estar sentada no passeio com eles a ouvir as suas história e eu rir sem parar... talvez, a minha presença fosse para eles a inocência (mais nova três anos) e tinha piada ter uma "chavala" (que só se ria) na companhia deles... mas, para mim, hoje, olhando para a minha adolescência, foi dos períodos mais engraçados...
 
tenho a perfeita noção que privei mais com os amigos do meu irmão do que com as minhas amigas, afinal elas não tinham a minha liberdade, elas não tinham um irmão mais velho protetor... eu tive o melhor irmão mais velho que se pode desejar...
 
é para ele, hoje, este post... adoro-o de coração, ajudou-me a crescer, tornou a minha adolescência num período repleto de gargalhadas e de momentos que nunca irei esquecer... para mim ele é um pai guerreiro, um príncipe romântico da era atual, um irmão que ama sem expectativas, um excelente profissional e um amigo para toda a vida... por ele me orgulho e para ele desejo o que de melhor a vida lhe possa trazer... de verdade, eu amo o meu irmão e acho que não lhe digo com a frequência que deveria... tenho orgulho no magnifico ser humano em que se tornou... por isso e por muito mais fica o meu obrigada.
 
PS: caro irmão mais velho, nunca irei esquecer o momento em que me obrigaste a pôr a cabeça na máquina de lavar só porque te chateei... esse momento, tem o seu próprio processo de cura... um dia, quem sabe, um dia irei perdoar esse deslize...
 
PS: ao meu maninho caçulinha segue a certeza que um dia um texto sobre ti sairá também do meu coração...
 
hoje é assim, porque amo os meus irmãos e porque sem eles, a vida não teria o mínimo sentido...
 

A verdade...

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